quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Penetrante!


Como se fosse um (re)nascimento,
deixe que essa água te molhe,
sinto o cheiro da terra e da chuva nesse fim de inverno.
Não tema, nem sofra ela não te fará mal algum,
pode até doer, porque crescer é mesmo difícil,
mas não se negue, enxergue, se entregue.
É a sua cura!
É a única salvação!
Como se fosse mais justo que a própria justiça,
Maior que toda loucura e toda lucidez, mergulhe...
Doe um pouco de você, do seu tempo,
Deixe que ela penetre em cada poro seu, deixe ela invadir seu pensamento,
fazer morada no seu coração, no seu sorriso, na sua lágrima,
transborde seu olhar, morra, se afogue.
É a sua cura!
É a única salvação!
Como se fosse a primeira vez...
Sua última chance de ser o melhor de você
nesse mundo de barbárie e de desamor.
Fico desejando que a poesia penetre em cada um de nós,
como se fosse mas simples e habitual
que rezar antes de dormir.
Fico desejando sua força, sua beleza,
sua sabedoria, sua leveza, sua alucinação!
É a nossa cura!
É a nossa única salvação!


E viva a poesia que vive em cada um de nós!

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