Eu não fiquei 4 anos esperando esse momento, não contei os dias, nem horas, mal sabia que a copa era na África, eu não sabia o nome de todos os jogadores convocados, nem seus respectivos times, nem nada tão estatístico como números de gols marcados em eliminatórias, vitórias e derrotas desse tal grupo unido e tranqüilo. Mas sabia que quando aquela bola rolasse, desde o primeiro instante seria tomada por uma energia incontrolável, por uma sensação de fazer parte daquele time, um pouco técnica, um bocado torcedora, um tanto brasileira. Nós torcedores brasileiros, somos assim, passionais, emotivos, loucos, sedentos por vitória, vitória é só isso que nos interessa. Somos considerados o país do futebol, temos excelência nesse quesito e até mesmo pra aqueles que figem não ligar pra copa do mundo, mesmo aqueles que me enxem com o discurso: "Tenho mais o que fazer!” e “ O Brasil deveria se preocupar com outras coisas!" no fundo, no fundo devem estar se sentido como eu agora. É uma mistura de tristeza com revolta sabe? É uma sensação burra, mas é um sentimento de inferioridade e é legitimo ninguém me tira esse direito, é como se o mundo por meio desse adversário europeu, tivesse nos dito: "Fiquem aí seus macaquinhos sul-americanos de merda!" ou mesmo " País emergente o cacete, nos somos o velho mundo, somos berço da civilização mundial, somos a Europa,". Isso me deixa arrasada, porque pra mim ganhar da Itália, da Holanda, dos Estados Unidos, da França é mais que uma simples partida de futebol, é meu lado político-ideológico também vibrando, comemorando junto e gritando: Nós também somos bons!!! E não importa se não concordava com a escalação, com o técnico, se me irritava os comentários chatos do narrador, nada disso diminuía a minha vontade de comemorar, de festejar o sexto campeonato. Eu merecia, você leitor também, cada um de nós, filhos dessa terra adorada e, às vezes, gentil. Sendo que depois da copa tudo estaria igual, as eleições ai, o povo dominado por uma política assistencialista e a gente como sempre querendo fazer carnaval por qualquer coisa. Mas quem sou eu pra mudar, mas de 500 anos de história? Não estou contra a maré e nem sigo essa correnteza, talvez estaja a margem, observando onde isso tudo poderá nos levar e não duvide, essa não é uma posição passiva!
Eu nem de longe sou o louco do Felipe Mello e nem o boneco de cera do Kaká com sua cara de paisagem, sou uma voz entre tantas que se calou e falou pelos olhos, sou a constatação de que todos somos falhos, até os super-heróis milionários que se fecharam numa mistura de celibato e masmorra, dominados por um anão que certamente era o Soneca e não o Dunga, pra construirem um patriotismo de merda que hoje teve fim!!!
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!"
3 comentários:
q grande texto, chica.. de arrepiar os cabelinhos do braço... emocionante...
besos.
Em terra de Felipe Melo
Quem tem um neurônio é rei
E há quem diga
Que o Dunga o tem na barriga...
Que brava !! rsrs
Patriotismo de 4 em 4 anos !! agente precisava e ser nacionalista e amar o brasil com qualquer coisa !! ficar puto pq perdeu no atletismo ou em qualquer esporte !! mas futebol e paixaum !! e paixaum naum se discute !!!
bjusss
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